Terrorismo israelense em Gaza deve ser condenado e derrotado
Aviões da Força Aérea israelense bombardeiam a Faixa de Gaza desde as primeiras horas de sábado, dia 27, procurando atacar a infra-estrutura desta região palestina, dirigida pelo movimento Hamas.
O resultado parcial até agora é a morte de 280 moradores e mais de 900 feridos. A ofensiva de Israel é a mais virulenta em 40 anos de conflito palestino-israelense, e os ataques foram condenados por vários países e movimentos pacifistas do mundo inteiro. O próprio governo brasileiro denunciou a ''desproporção'' da retaliação israelense frente os obuses lançados pelo movimento Hamas na fronteira com Israel.
Os bombardeios israelenses destruíram várias sedes de delegacias de polícia na Faixa de Gaza, atingindo áreas residenciais, uma estação de televisão do movimento islâmico, que apesar disso continuou suas transmissões a partir de local ainda não conhecido. Seis mil e quinhentos reservistas das forças armadas israelenses estão sendo convocados para eventual ataque terrestre, e o primeiro ministro Ehud Olmert diz que a ofensiva ''poderá prolongar-se durante muito tempo'', enquanto o ministro da Defesa Ehud Barak advertiu que o Exército está mobilizando forças de infantaria para ''aprofundar e ampliar a sua operação para o que seja necessário''. Barak disse também que a ofensiva ''não será fácil nem breve''.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas convocou reunião de emergência durante a madrugada de sábado para domingo exigindo medidas para o cessar fogo e para empreender esforços de ajuda humanitária na região de Gaza mais atingida. O movimento Hamas, que venceu a eleição em 2006 e governa a Faixa de Gaza, informou através de seus porta-vozes que ''continuará a resistência até a última gota de sangue'' e que ''todos os combatentes estão chamados a responder à altura a carnificina israelense''. O líder do grupo palestino no exílio, Jaled Meshaal, convocou a partir do sábado a população para uma nova intifada contra Israel em função dos ataques à Gaza. O líder do Governo do Hamas, Ismael Haniyeh, já havia assegurado que os palestinos nunca se renderão a Israel. ''Não abandonaremos nossa terra, não levantaremos bandeiras brancas e não nos ajoelharemos, exceto frente a Deus''.
Pouco depois do ataque israelense, militantes do Hamas lançaram vários foguetes em direção ao território judeu e segundo fontes do exército israelense este ataque causou a morte de uma mulher da população de Netivot, na fronteira com Gaza.
O discurso dos líderes israelenses lembra, mais uma vez, o tom empregado agressivo dos nazistas de Adolf Hitler durante a Segunda Grande Guerra, e em pouco difere da lógica imperialista da teoria da guerra infinita e preventiva colocada em prática nos últimos oito anos de governo George W. Bush, que está em final de mandato na Casa Branca.
O que pode ser uma notícia realmente alvissareira é que dentro de Israel forças progressistas e contra a guerra se mobilizam também condenando este ataque criminoso. Dezenas de ativistas de esquerda se manifestaram no centro de Tel Aviv proclamando que ''a sociedade israelense deve escutar a voz clara e concreta contra a guerra em Gaza'', exigindo o levantamento do cerco à Faixa de Gaza e propondo negociações para encerrar os ataques.
Segundo líderes deste movimento pacifista a guerra não é a solução para resolver o problema dos foguetes. E insistiram que existe outro caminho. Uma trégua real, dizem, exigirá não apenas o cessar-fogo, mas também o levantamento do cerco da Faixa de Gaza para reduzir o duro sofrimento de uma população de um milhão e meio de pessoas. Eles juntam suas vozes, desta forma, ao clamor internacional pelo fim das agressões criminosas e anti-humanitárias da quadrilha que, há décadas, dirige o estado de Israel e constitui o principal fator de instabilidade e de violência no Oriente Médio.
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