Um professor de Física quis pregar uma peça em seus alunos e lhes disse:
- Aqui vai um problema:
Um avião saiu de Amsterdam com uma velocidade de 800 km/h, à pressão de 1.004,5 milibares; a umidade relativa do ar era de 66% e a temperatura 20,4 graus Celsius.
A tripulação era composta por 2 pilotos e 5 aeromoças; a capacidade era de 145 assentos para passageiros e o banheiro estava ocupado.
A pergunta é...
Quantos anos eu tenho?
(Aí ele deu aquele risinho de quem se sente superior).
Os alunos ficam assombrados. O silêncio é total.
Então o Joãozinho, lá no fundo da sala e sem levantar a mão, diz
de pronto:
- 44 anos, professor!
O professor, muito surpreso, o olha e diz:
- Caramba, é certo.
Eu tenho 44 anos.
Mas como VC calculou?
E Joãozinho:
- Bem, eu deduzi porque eu tenho um primo que é MEIO babaca, e ele tem 22 anos...
sexta-feira, 7 de março de 2008
Joãozinho
Veleiro
Mar afora, mar adentro
lá vai singrando um veleiro
quem dera ser passageiro
pra correr nas mãos do vento.
Mar adentro, mar afora
como navega ligeiro
cruzando este golfo inteiro
nas cores vivas da aurora..
Onde vais assim tão cedo
rumo à ilha do Arvoredo
levando meu coração...?
Vou navegando contigo
meus olhos te seguem, amigo
perdidos na imensidão.
Baía de Zimbros, janeiro de 2005
Manoel de Andrade
quinta-feira, 6 de março de 2008
inimigos meus
e abri a boca para reclamar
eu não me chamava raimundo
e nem havia rimas a solucionar
pra não cair de quatro, sair pastando
e dizer que não estava nem aí,
balbuciei: "tô cagando e andando!"
e foi assim que cheguei até aqui
teria sido uma vida bem tranqüila
se não tivesse cruzado no caminho
a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania
que para cada flor tinham um espinho
até hoje ainda não sei se os três
são um por todos ou todos são um
o que aprendi é que toda essa estupidez
quer me levar à força ao lugar comum
e você, que se acha a salvo desse trio,
certeza, o amanhã não te deixa pistas,
o futuro range dentes no teu arrepio
e teus olhos apagam diante de tuas vistas!
Antonio Thadeu Wojciechowski
FODA-SE
por Millor Fernandes
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de "foda-se!" que ela fala.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda- se!"?
O "foda-se!" aumenta minha auto- estima, me torna uma pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Me liberta.
Não quer sair comigo? Então foda-se!".
"Vai querer decidir essa merda sozinho (a) mesmo? Então foda-se!".
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Os palavrões não nasceram por acaso.
São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.
É o povo fazendo sua língua.
Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Prá caralho", por exemplo.
Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Prá caralho"?
"Prá caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática.
A Via-Láctea tem estrelas prá caralho, o Sol é quente prá caralho, o universo é antigo prá caralho, eu gosto de cerveja prá caralho, entende?
No gênero do "Prá caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!".
O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem.
O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto.
Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.
Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral?
Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!".
O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicinio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional.
Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um PHD "porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".
O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior.
É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", repone" e mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...
Diante de uma notícia irritante qualquer "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.
Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"?
E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!".
Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai tomar no olho do seu cú!".
Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima.
Desabotoa a camisa e sai à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!"
E sua derivação mais avassaladora ainda:
"Fodeu de vez!".
Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa.
Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar:
O que voce fala?
"Fodeu de vez!".
Liberdade, igualdade, fraternidade e "foda-se!!!"
quarta-feira, 5 de março de 2008
terça-feira, 4 de março de 2008
segunda-feira, 3 de março de 2008
O Ovo
Uma galinha põe um ovo de MEIO QUILO.
Jornais, televisão, repórteres... todos atrás da galinha.
- Como conseguiu esta façanha, Sra. Galinha?
- Segredo de família...
- E os planos para o futuro?
- Pôr um ôvo de UM QUILO!
As atenções se voltam para o galo...
- Como conseguiram tal façanha, Sr. Galo?
- Segredo de família...
- E os planos para o futuro?
- Encher o avestruz de porrada!
domingo, 2 de março de 2008
Você sabe qual é a diferença entre político e ladrão?
Millôr Fernandes lançou um desafio através de uma pergunta:
Qual a diferença entre Político e Ladrão ?
Chamou à atenção a resposta de um leitor:
"Caro Millôr , após longa pesquisa cheguei a esta conclusão: a diferença entre o ladrão e o político é que um eu escolho, o outro me escolhe. Estou certo?" Fábio Viltrakis, Santos-SP.
Eis a réplica do Millôr:
"Poxa, Viltrakis, você é um gênio... Foi o único que conseguiu achar uma diferença!
Parabéns!!!
sete palmos abaixo da terra de marlboro
380.250 cigarros depois
resolvi tomar uma atitude
nada de entregar pulmão para ciência
só há um jeito de ir atrás do prejuízo
apresentar os meus raio-x
para uma junta de advogados
agora quero 5 milhões e mais nada
vai ser um raro prazer queimar essa bufunfa
de dentro da tenda de oxigênio
Antonio Thadeu Wojciechowski e Sérgio Viralobos