O que fazem os pássaros
Quando chove, Amor?
Se bruma nas árvores
Um constante cicio
Que já é do Amor o seu prenúncio
Tímido embora chilreia e pluma
Do Amor, um vaticínio: o do pavão misterioso.
Se foi calor noites e dias
Enfim choveu do Amor seus ouros
E os passarinhos mais pequenos
No muco verde dos galhos calam
E recomeçam, mínimos, novo alvoroço,
Bem abaixo da linha do silêncio.
Do livro (inédito) “35. Poemas de Amor”
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