sábado, 3 de maio de 2008

Porque hoje é sábado

 

Eroutlhs Cortiano Junior é professor da Faculdade de Direito da UFPR, advogado e procurador do Estado. Leitor voraz. Curitibano, sem dúvida.

Sonho de outra profissão, com outro nome, o que seria? São várias outras ocupações e várias outras profissões. Mas não quero entediar ninguém.
Dando a sexta-feira por finda, um fim de semana perfeito: Fim de semana perfeito é aquele que começa na sexta-feira.
Serra abaixo ou serra acima: Alguém já disse: “Às vezes, bem que é preciso ver-se o mar para se ter certeza de ainda estar-se vivo”.
Um sábado de chuva: Esperar um domingo de sol.
Um domingo de sol: Lembrar, com nostalgia, de um sábado de chuva.
O que uma pessoa não precisa para passar dois dias com você: O terceiro dia.
O que você não dispensa nem mesmo com um velho calção de banho: Uma camisa florida.
Uma música para ouvir hoje: Aquela que tenha os acordes perfeitos. E uma letra incomparável.
Outra para ouvir amanhã: Aquela que ouvi ontem.
Fora o piano, que outro instrumento musical gostaria de tocar numa balada de sábado: Não sei. Não sei o que é noite de sábado, nem o que é balada.
Um livro na cabeceira: Por autor, qualquer escrito de João Antonio. Por forma, qualquer poesia. Por gênero, qualquer coisa que admita a forma impressa.
Um filme de ontem: Aquele que vou assistir hoje.
Um filme de hoje: Aquele que assisti ontem.
O restaurante de sábado: Qualquer um que meu filho e esposa escolham. O dia é deles.
O almoço de domingo: Qualquer restaurante, desde que você possa ir de havaiana e camisa florida. Será melhor se tiver uma irrepreensível carne, um sensacional camarão ou uma grandiosa massa.
Peixe ou carne: Peixe. E carne. E nem falei na costelinha de porco, no quibe cru, no hackepeter (aqui carne de onça, acolá bife tartar), no fettucine com muita manteiga Aviação, no risoto de frango com moela (mas aquele que se come com colher, e que a Laura Festa, uma querida senhora italiana de Santa Felicidade, vinha especialmente fazer em minha casa) etc etc... De qualquer maneira, entre sólidos e gasosos, prefiro os líquidos.
Uma verdura: Radicci. Com muito bacon. Ou pancetta. E depois, pasta.
Nenhum, pouco ou bastante alho: O suficiente. Sempre com bastante óleo de oliva extra virgem.
Um copo para o espírito: Com o perdão do trocadilho, qualquer spirits. A expressão é inglesa, e significa destilado. É que o spirit alimenta a alma.
Metade cheio, metade vazio: Se estiver metado cheio, vamos esvaziar; se estiver metade vazio, vamos encher. Será isso a dialética?
Noite de domingo, o que lhe parece: Não parece, desaparece. Não semelha, desassemelha. Não aparenta, desaparenta. Então, não é.
Uma frase para fechar a conversa: Dante: me surpreeende você, um cara que sabe das coisas, sugerir que uma conversa se fecha. O que fecha é o bar. A conversa permanece...

Dante Mendonça [03/05/2008]O Estado do Paraná.

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